sábado, 16 de janeiro de 2016

TOMA LÁ, DÁ CÁ...






SILVÉRIO DUQUE

(por Lourival Pereira Piligra Júnior)

Não sou Silvério, Silva, coisa e tal,
nem tenho o nome escrito sobre a areia,
em mim o verbo explode como o sal
da fria pele intacta da sereia!

Não sou Silvério, Silva, ou imortal,
nem sinto a luz que inflama e que clareia
o verso livre imerso em lama e cal
e cada seta, enfim, que me golpeia!

Não sou da Silva, nunca fui Silvério,
sou da Parreira a folha que não cai,
não guardo nada além de algum mistério
no que não chega e nunca vem ou sai!

 – se faço verso enquanto faço um truque
é por que sei que nunca chego a Duque!



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LOURIVAL PEREIRA PILIGRA JÚNIOR

(por Silvério Duque)

Se Lourival Pilligra Júnior eu fosse
pouco me importaria a rima e o verso
tão precisos, porque eu viveria imerso
na paz de um filho que ganhou um doce.

Pois certo estava Benedetto Croce
ao dizer que o artista é um ser diverso
a nos abrir as portas do universo
ou com um soneto, ou expressivo "ôxe"!?

A Lourival Pilligra pouco importa
o Prometeu acorrentado ou o cego
a cantar por uma esmola, tudo corta

tudo fere ao olhar de quem verseja
tudo vira poesia para o ego
que um dia disse: que Pilligra eu seja!!!



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*Felicíssimo e muito honrado com esta homenagem de meu amigo Lourival Pereira Piligra Júnior, que, não tendo melhor maneira de agradecer-lhe, devolve-lhe a tentativa do mesmo abraço poético...

* O desenho da foto é de Gabriel Ferreira


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